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Ipea: inflação é maior para as famílias de menor renda e prejudica alimentação e despesas com moradia

  • 17/09/2021



    Ipea: inflação é maior para as famílias de menor renda e prejudica alimentação e despesas com moradia

     

    A inflação segue impactando a vida dos brasileiros em todos os setores, mas no mês de agosto enquanto nas famílias de renda baixa e muito baixa a inflação registrou alta de 0,91%, a das famílias com rendas maiores apresentou variação menor (0,78%), conforme aponta o Indicador de Inflação por Faixa de Renda, apurado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

    O estudo divulgado na última quarta-feira (15), mostra que o grupo de alimentação foi o que mais contribuiu para a alta inflacionária das famílias dos três segmentos de renda mais baixa. Já para as três faixas de renda mais alta, o maior impacto veio do grupo de transportes.

    Segundo o Ipea, para as famílias com menor renda, mesmo diante de uma deflação em itens importantes como arroz (-2,1%), feijão (-1,7%) e óleo de soja (-0,4%), os aumentos de preços das proteínas animais, especialmente do frango (4,5%), dos ovos (1,6%), da batata (20%), do açúcar (4,6%) e do café (7,6%) explicam a pressão inflacionária que vem dos alimentos.

    Já a alta inflacionária do grupo de transportes deve-se aos reajustes de 2,8% da gasolina e de 4,7% do etanol, combinados com a alta nos preços dos automóveis novos (1,8%) e dos serviços de aluguel de veículos (6,6%), mesmo com a queda de 10,7% das passagens aéreas.

    O grupo de habitação foi o terceiro que mais influenciou todas as faixas de renda, puxado pelos reajustes de 1,1% da energia elétrica, de 2,7% do gás encanado e de 2,4% do gás de botijão.

    Segundo o Ipea, as famílias de renda baixa e média baixa são as que apresentam as maiores taxas de inflação (5,9%) no acumulado do ano.

    Aceleração inflacionária

    Os dados acumulados em 12 meses mostram que, apesar da aceleração inflacionária generalizada, a taxa de inflação das famílias de renda muito baixa (10,63%) mantém-se em patamar acima da observada na faixa de renda alta (8%), pressionada pelas variações de 16,6% dos alimentos no domicílio, de 21,1% da energia elétrica, de 31,7% do gás de botijão e de 5,6% dos medicamentos.

    “Já para as famílias de renda mais alta, além dos reajustes de 41,3% dos combustíveis, de 30,2% das passagens aéreas e de 12,4% dos aparelhos eletroeletrônicos em 12 meses, a recente recuperação dos preços dos serviços de recreação, cuja alta em 12 meses passou de 0,07% em janeiro para 5,3% em agosto, explica grande parte dessa aceleração inflacionária”, indicou a pesquisa do Ipea.

     

    Fonte: Com informações Agência Brasil/Ipea


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